segunda-feira, 16 de setembro de 2013
O MUNDO DAS ÁRVORES
Muitas vezes ao andar pelas avenidas, calçadas ou parques, sob as sombras das árvores algumas delas frondosas de grande porte, outras pequenas, na adversidade de tipos existentes: baixa, média, de caule alto, grosso ou fino, contendo muitos galhos ou com muitas folhas no topo, caracterizando seu jeito próprio dou asas à imaginação. Ou ainda numa analogia com tipos humanos, semelhança física alta, baixa, com o vento ajudando na atitude de movimentos, vou associando. Como "vegetal" e "animal" são reinos diferentes esforço-me para então estabelecer uma boa comparação. Acostumei-me a comparar árvores às pessoas, quando às vezes as julgo tristes, angustiadas ou envergonhadas, pela sua aparente postura. Também posso imaginar quando estão a comunicar-se entre si, talvez com suas secretas mágoas. Uma coisa é certa: tem árvores vaidosas, verdadeiras "mulheres", quando exibem flores vistosas com cores vivas e de pétalas sedosas; vez por outra encontramos palmeiras com cipós trabalhados, verdadeiros "colares" femininos a realçar a elegância bem própria das mulheres. Passarinhos, borboletas, os córregos e o próprio vento lhes auxiliam quando assumem a missão de levar algo como o pólen ou sementes a outros pontos da terra, para alguma conquista especial de expansão dos seus domínios.
A árvore é também uma "mulher-mãe", quando expõe sua generosidade para saciar a fome de outros seres, como os passarinhos e outros partícipes do reino animal. A serventia da árvore vai muito além, quando se presta ao emprego na confecção de móveis, componentes das construções de moradias e tem tantas outras utilidades após ser descartada da vida. O mundo civilizado, hoje, busca uma retratação para com esses seres, onde "ecologistas" tentam de muitas formas sensibilizar o mundo para sua importância e preservação de suas cidades naturais, as florestas. O nosso respeito às árvores seria a melhor forma de agradecermos pelo que elas tão generosamente nos concedem.
Quando as árvores são cortadas sem motivo ou necessidade especial é certo que isto representa uma violência. É um ser que tem vida e sensibilidade própria.
Para ilustrar poeticamente o nosso texto acima recorro ao grande príncipe dos poetas brasileiros Olavo Bilac, com o seu célebre soneto, Velhas Árvores
Olha estas velhas árvores mais belas/Do que as árvores novas mais amigas/ Tanto mais belas quanto mais antigas/ Vencedoras da idade e das procelas.
O homem, a fera e o inseto à sombra delas/ Vivem livres da fome e fadigas/ E em seus galhos abrigam-se as cantigas/ E os amores das aves tagarelas.
Não choremos amigo a mocidade/Envelheçamos rindo/Envelheçamos como as árvores fortes envelhecem/Na glória da alegria e da bondade/Agasalhando os pássaros nos ramos/Dando sombra e consolo aos que padecem.
Um especial abraço a todos que leem e até a próxima e breve publicação.
Hozanan.
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