terça-feira, 15 de dezembro de 2009

PAPAI NOEL E O NATAL

Ambrosino sentou-se naquele banco do ponto de ônibus sem saber, como nos outros finais de dias, quanto tempo teria de esperar pela próxima condução que o levaria à família e ao descanso de mais um árduo dia de trabalho. Era mais um final de ano, tempo de festas em que o clima natalino torna as pessoas felizes, daquela felicidade que ele conhecia bastante, do alto dos seus 48 janeiros. Era sempre a mesma história, o mesmo clima de consumismo, de comidorias; presente para cá, presente para lá, tudo em nome de um "Papai Noel" inventado, cuja crença ficara perdida nos últimos 40 anos de sua existência. Ora, esse Papai Noel fôra-lhe uma grande decepção que felizmente desocupara a sua mente, como o fizeram muitas outras lendas da sua primeira infância. O bom mesmo era pensar na história do nascimento de Jesus. O Natal pelo menos era era um fato real.
Aquele outro senhor, com ares de velhinho pacato, que tomara o assento também junto a ele embora mostrando uma atitude inquieta não o havia perturbado. Advinhara que ele, Ambrosino, no seu extremo ar de cansaço não estava para conversas. Foi tanto que não havendo sinais de próxima chegada do seu ônibus ele pôs-se a relaxar para não dispersar as suas energias já tão esgotadas naquele período.
Mas ao contário da impressão inicial causada agora o sujeito do seu lado resolveu abordá-lo e foi persistente em dirigir-lhe a palavra: "Amigo, sei do seu cansaço, advinho a sua história de vida e sei também da sua decepção. Você tem toda razão em não crer em lendas atoas. Pelo menos você acredita que um menino nasceu num destes dias, que o calendário chama de Natal, que veio com uma missão muito especial... Eu não quero importuná-lo, mas receba de lembrança esta caixinha ofertada por um desconhecido..." Ambrosino, meio assustado, aceitou e abriu, curioso,aquela caixinha ao passo que num olhar lateral tentava entender aquele tipo exótico e enigmático. Desatou a fitinha e da caixa emergiu uma estrela estranha colorida, com cores brilhantes e luminosas que jamais foram vistas pelo nosso protagonista. Assustado ele fixou o olhar naquele bondoso companheiro de assento, homem maduro, de barba cerrada e de cor branca, e uma forte emoção apoderou-se dele, agora já um pouco perturbado. Então dirigiu-se ao homem: "mas quem é o senhor?" - Afinal o que está se passando? - O senhor me lembra a (ia dizer a figura do Papai Noel...) mas o outro o interrompeu: "Lembre-se, não existe Papai Noel..." Ele ia falar algo, porém Ambrosino despertou, com o barulho do ônibus, agora já no ponto de levá-lo para casa.
Caramba, dormi pesado e até sonhei! - Acho que voltei 40 anos. Nos meus 8 anos eu acreditava. Agora estou convencido de que há mesmo um tal "espírito natalino", que deixa a gente envolvido. E o Papai Noel, é claro, não existe, mas tudo se passa como se de fato ele existisse!

P.S. A VOCÊ
É neste clima de Natal que deixo, aqui, os meus votos e os da minha esposa Haidyl, a todos os amigos e amigas queridos, que acessam este blog. Desejamos que 2010 seja, para todos, um ano de paz, amor e prosperidade.
Convido-os a acessar, também, a página: www.casadopoeta.ning.com
Hozanan. Praia Grande - S.P. - 15/12/2009.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

PARA VOCÊ QUE NÃO GOSTA DE POESIA

Você realmente pensa e até comenta:"não gosto de poesia, ela não faz qualquer sentido para mim..." Ora, caro amigo leitor, você está certo e tem todo o direito de "não gostar de poesia", assim como há quem não goste de teatro, de dança, de música e até há quem não goste de futebol. Isso faz parte da universalidade dos gostos. O que seria do azul se todos gostassem só do vermelho? O que é importante, no caso, é você analisar com mais profundidade o que entende pelo conceito de "poesia". Antes de tudo devemos lembrar que a Poesia é um grande motivador que desenvolve a ação. O poeta não é um mero contemplador de estrelas, sol ou luar. É, antes de tudo, um determinante da energia vibrante, de um ideal sonhador porém impregnado de ação. Muitos poetas foram ardorosos revolucionários. Por exemplo, Walt Whitman (1819 - 1892) é considerado o poeta da Revolução Americana, como escreveu o poeta Paulo Leminski : "Antena de raça", o poeta capta, nos tempos de comoção social, a tremenda energia vital liberada pelas grandes transformações coletivas, em seu momento agudo, revolucionário ou insurrecional. Assim, se Maiakovski (Vladimir Maiakovski, 1893 - 1930)é o poeta da Revolução Russa, não é exagero dizer que Walt Whitman é o poeta da Revolução Americana, ocorrida uma geração (1776) antes do seu nascimento.Da revolução que expressa, a poesia de Whitman herdou todos os traços fundamentais: o libertarismo individualista, o igualitarismo antefeudal, a vitalidade inaugural do capitalismo na América, o otimismo ativista de um povo de vikings, a vertigem da abertura de inimaginadas fronteiras geográficas, econômicas e técnicas. E também emocionais, existenciais e pessoais."This is na big country". "This is a free country". Nessas frases, que decoramos em filmes de faroeste, condensa-se o essencial da ideologia que informa os versos do pai do verso livre, o pai do verso louco, o pai do verso novo.
Um amigo meu declarou, certa vez: "não gosto de poesia, não consigo identificar esta tal poesia..." Mostrei, então, a ele, que os atos do nosso dia-a-dia, dos quais tanto gostamos, não passam de pura poesia. Na exemplificação que lhe mostrei ele então reconheceu a poesia, de fato "poesia". Se bem verificar-mos muitas vezes somos verdadeiros "poetas" e nem desconfiávamos...
Cedamos a palavra versificada aos nossos focalizados poetas "revolucionários".

O PRÓPRIO SER EU CANTO
(Walt Whitman)
O próprio ser eu canto:
canto a pessoa em si, em separado
- embora use a palavra Democracia
e a expressão Massa.

Eu canto o Corpo
da cabeça aos pés:
nem só o cérebro
nem só a fisionomia
tem valor para a Musa
- digo que a Forma completa
é muito mais valiosa,
e tanto a Fêmea quanto o Macho
eu canto.

A Vida plena de paixão,
força e pulsão,
preparada para as ações mais livres
com suas leis divinas
- o Homem Moderno
eu canto.

O poema seguinte é de Maiakovski, feito ao companheiro Iessiênin, pouco antes de ele (Maiakovski) suicidar-se com um tiro na cabeça.O outro fizera-lhe um poema com o sangue colhido das veias do pulso, cortado no momento do seu suicídio:

Até logo, até logo, companheiro,
Guardo-te no meu peito, e te asseguro:
O nosso aafastamento passageiro
É sinal de um encontro futuro.

Adeus, amigo, sem mãos nem palavras.
Não faças um sobrolho pensativo.
Se morrer, nesta vida, não é novo,
Tampouco há novidade em estar vivo.
(Maiakovski)

Outro revolucionário, de poesia marcante, é Charles Baudelaire (1821 - 1867).
Nasceu e viveu na culta Paris. Seu poema, para finalizar.

O HOMEM E O MAR
(Baudelaire)
Homem livre, hás de sempre estremecer o mar!
O mar é teu espelho, e assim tu'alma sondas
Nesse desenrolar das infinitas ondas,
Pois também és um golfo amargo e singular.

Apraz-te mergulhar ao fundo de tua imagem!
Nos braços e no olhar a tens; teu coração
Às vezes se distrai da interna agitação
Ouvindo a sua queixa indômita e selvagem.

Sempre fostes os dois reservados e tredos;
Homem - ninguém sondou as tuas profundezas;
Mar - ninguém te conhece as íntimas riquezas;
Tão zelosos que sois de guardar tais segredos.

Já séculos se vão, contudo, inumeráveis
Em que lutais sem dó um combate de fortes;
E como vós amais os massacres e as mortes,
O' eternos rivais, o' irmãos implacáveis!

Até o próximo, amigos. (Hozanan).

P.S.-SOCIAL:
Ofereço a todos os amigos, leitores, quer gostem ou não da nossa Poesia.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PARABENS, QUERIDOS PROFESSORES!!!

Neste dia, evocado em 15 de outubro,será ou deveria ser um dia muito importante para os mestres-professores.Júbilo, orgulho, alegria e festa seriam componentes obrigatórios levados a esta empreendedora categoria de cidadãos que tão bem escolheram a profissão, representada por um ideal indiscutível. O professor traz em si aquela chama que se multiplica e se desdobra em garantia de possessão da cultura diversificada, de amor a causa social, de atitude paternal ou maternal e fraternal, de compromissos com a história pátria e a forte noção de cidadania. A missão, o trabalho do professor representa, sem exageros, uma tarefa divina: o seu grande objetivo é transformar almas em branco, onde nelas, feito papel, escreverão a vida e o destino de seres que regerão o progresso e o futuro de uma nação. Haja vista que nos países onde há uma mais clara consciência sobre tais responsabilidades os professores representam uma elite. A sociedade que os integra sabe respeitá-los.
Todo grande empreendimento, sejam eles no âmbito da tecnologia, da indústria ou do comércio, que fazem a grandeza do país em questão, tem sua base fincada no alicerce dos conhecimentos que foram plantados por professores. A Escola e o Professor entregarão os "rudimentos" ao futuro cidadão, treinando-o para o sentimento de justiça, para partilhar o mundo fraternalmente e torná-lo um partícipe do desenvolvimento do seu grupo e enfim, para o desfrutar honesto e consciente das alegrias da vida.
Infelizmente a nossa nação brasileira, com os seus símbolos maravilhosos, trazendo a ênfase da "Ordem e Progresso"
não acordou, ainda, do "sonho intenso" para a importância que representam os nossos professores. Guardamos as lembranças afetivas dos nossos queridos mestres, que nos pautaram e marcaram a nossa caminhada rumo à vida.Apenas com o nosso sentimento de gratidão reverenciamos os seus vultos gravados em nossas retinas; então bendizemos as coisas boas e úteis que eles carinhosamente nos intregaram, na sacrossanta Catedral da Escola.
Aos professores, aos queridos e laboriosos mestres, quer sejam das universidades, dos colégios, das escolinhas ou dos cursos profissionalizantes e em todos os níveis, recebam, nesta data, os nossos mais efusivos cumprimentos e o augúrio de que realizem o grande sonho do reconhecimento a que tem o sagrado direito.
Só para abrandar a realidade do que acima foi posto,deixamos aqui um pouco de descontração, de forma poética,junto com o nosso fraternal e carinhoso abraço.

NO DIA DO PROFESSOR


Professores
são adolescentes de cabelos brancos (muitas vezes)
que pela vida a fora vão sonhando azul.

Professoras,
são "mães" inconscientes
que no seu dia-a-dia levam à classe
o "leite" e o "pão" do saber
e, ainda, até embalando o sonho edipiano
do adolescente.

Professores e professoras
teimosamente seguem avante
sem ligar para o não reconhecimento
à bravura idealista e utópica
do seu trabalho...

Professor, professora
heróis anônimos,
o mundo muda em cores
e a vida se acomoda
mesmo com os novos sons
e as novas imagens deste mundo moderno.

Mas, dia virá em que os professores
desta terra
qual a fênix da lenda
renascerão das cinzas e crescerão
para a importância e o reconhecimento
que bem lhes cabem e merecem. (Hozanan Parente)

P.S. SOCIAL
Destaco, aqui, para um especial abraço aos professores:
Haidyl (sócia do dia-a-dia), Hadiê e Alberto (em Araraquara),Cida, Kedma e Ludimar (da Casa do Poeta - P.Grande),Ana Lúcia, Ulisses e Heidy (esta última, que agora junta-se ao grupo). E a você, Professor ou Professora; e a todos que acessam este blog
e que sempre carinhosamente me honram com a atenção de leitor.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

É POSSÍVEL SER SER FELIZ !

Numa madrugada insone eu, em frente da TV, meditava sobre o documentário em exibição que, esteticamente não era grande coisa, mas prendeu-me a atenção pela singularidade do seu conteúdo. Sugeriu-me tal apresentação a grande reflexão da atual sociedade sobre o que é importante na vida de cada um de nós, isto é, o que realmente dá sentido e confere a alegria da existência humana: Numa favela de grande porte, em morro conhecido do Rio de Janeiro, as pessoas mostrando características de gente do bem, tinham o seu dia-a-dia apresentado numa "crônica" de imagens onde o diretor flagrava os momentos da comunidade dando grande destaque à solidariedade entre os moradores, que se empenhavam, numa luta vida-ou-morte, na solução dos seus problemas comuns.Eram focalizados os momentos onde a construção da moradia requeria o trabalho e a dedicação de todos. Homens, mulheres e até crianças enfrentavam as dificuldades do erguer a parede, do concretar a laje e tudo enfim que se fazia necessário para produzir a humilde casa residencial. Mas sempre que mudava a cena, no quadro a seguir, via-se a alegria e felicidade estampadas em seus rostos; fosse na refeição em comum, no lazer posterior, enfim,na convivência alegre e descontraída dos seus partícipes, estavam visivelmente contentes.
Eu pensava, então, na vida difícil daquelas pessoas, na dureza de ter elas que trabalhar, de sol a sol, no emprego e num fim de semana que seria destinado a um merecido descanso, ao invés disso ir integrar um mutirão pesado, para realizar a difícil tarefa de concretizar o sonho de um deles.
Lá, em meio às risadas, na distribuição da comida, com suas cervejas e refrigerantes, lá estavam eles alegremente comemorando a sua boa ação, com a mais aparente fisionomia de felicidade. A felicidade ingênua e pura das pessoas despojadas, mostrando a limonada feita com o "limão" que a vida lhes deu. Eu, finalmente, pensava: "a felicidade é de fato a consciência do praticar o bem; não importam as coisas materiais do alto consumo para sermos felizes"... Há as poucas e pequenas dádivas da vida para proporcionar uma alegria interior. As carências da alma poderão ser satisfeitas de forma ponderada, se formos honestos, crédulos e receptivos. É claro que é muito bom ter dinheiro, resolve problemas; só que ele não garante a felicidade de ninguém.
Falando de morro ou favela, componente obrigatório da realidade urbana, não podemos esquecer o seu lado poético, cantado pelos nossos compositores-sambistas, e que hoje, lamentavelmente,recebe a participação indesejável e intolerável de elementos que nem são simplesmente "excluídos sociais" mas sim "excluídos da lei". Não devemos, de forma alguma, alimentar o preconceito sobre morro ou favela (onde moram muitas pessoas honestas, trabalhadoras). Na história das grandes cidades morros e favelas tem sua tradição contada e respeitada. O nosso grande Machado de Assis era originário do Morro do Livramento, no Rio de Janeiro. as pessoas eram pobres, em tais locais, porém dignas e respeitadas.
Do meu ponto de vista a poesia continua, de qualquer forma, inerente ao mundo do morro ou favela. Deixo-lhes, aqui, os meus versos, junto com o meu abraço:

A HORA DO CREPÚSCULO

Morre o bom dia de sol !
- este dia sou eu.

Perde-se a claridade no ocaso !
- este dia sou eu...

Além, vê-se a escuridão;
as estrelas já brilham.

O silêncio da noite
o mistério das horas
a tristeza do universo
espalhando incertezas
e uma dor cruel
imensa
resignada e amarga, dos seres vivos
que transcende a existência
e ao melhor dos sentidos que ela possa conferir
aos seres viventes
nesta hora do crepúsculo.

Este dia, também, sou eu. (Hozanan Parente)


P.S. - SOCIAL
Deixo, aqui, um especial abraço ao Felipe Mauriene, à Neuma e Francisco, em especial à Ana Lúcia (com parabéns pelo aniversário) e a você, amigo leitor que também me acessou.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

É CHEGADA A PRIMAVERA

Hoje, no nosso quadrante de terras brasileiras, iniciou-se a Primavera, a estação mais bela do ano. Ela, que é a namorada dos pássaros, dos demais seres e das árvores com suas flores, é assim tão esperada no decorrer da marcha do calendário anual.Com ela renascem as cores da natureza e exalam-se os perfumes florais na temperatura ideal para a festa dos sentidos, alegrando a vida e fazendo renascer as esperanças.
Depois do ciclo pesado e desarmonizado das chuvas, com tantas histórias tristes no drama humano das cidades; no momento em que o mundo se mobiliza para acalmar a Terra dos seus reclames de mal-estares pelo descaso do homem moderno; depois do desmatamento desenfreado das florestas, pulmão do planeta, deixando seres vivos órfaõs, entre bichos e gente. Depois de tudo isto chega ela, a Primavera, com jeito de moça faceira, de todos recebendo as "boas-vindas" e afastando a angústia dos dias frios e nublados. É este um momento supremo. Muito já se cantou e se canta sobre a "bela estação das flores", que encerra o conteúdo beleza total da Natureza.
Se ela é tão importante para a natureza viva, é por demais significativa para a árvore, em particular, na época reinicia o ciclo das flores. A árvore, que demonstra estar de fato viva, é como a mulher e sua vaidade (que, no bom sentido, enfeita-se para parecer "árvore" ou é a árvore que se enfeita-se para parecer "mulher": com os seus adereços, colares, brincos, tudo em fortes cores vivas).
Havia uma linda árvore, uma palmeira, defronte à minha mesa, no meu local de trabalho, que era assim enfeitada de cachos, colares e brincos-frutinhas que fazia a metáfora da árvore-mulher (sem o trocadilho das mulheres-frutas dos atuais programas de TV). Foi para homenagear a Àrvore, na condição de protagonista da história da natureza (com data 21/09) que compus o Poema que deixo, hoje,com as minhas saudações, para este primeiro dia da Primavera em que nos confraternizamos:

A ÁRVORE E SUA FORÇA

A flor é apenas a forma sutil e delicada
como a árvore diz ao homem:
eu existo.

A flor desabrocha, vive, embeleza-se
vira fruto ou morre.
A árvore dá outra flor, como a dizer:
eu existo.

A primavera vai-se; a folhagem cai.
A árvore aguenta firme
e na estação seguinte reveste-se
de novas folhas, para afirmar:
eu existo.

Quando, às vezes, dilacerada pelo machado impiedoso do homem
ainda teima em brotar.
E dos restos de vida do tronco abandonado,
de cujas chagas o viço da folhagem emerge,
ainda brada altaneira:
"eu existo". (Hozanan Parente)

P.S. - SOCIAL

Deixo, aqui, o meu abraço especial a todos que me acessam.Entre eles:
Haidyl, Heidy, Ulisses, Hânya, Gerferson; Celso, da Casa do Poeta de Praia Grande, e a você, caro leitor.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

COMUNICAÇÃO & POESIA

Prezados amigos leitores, meus cumprimentos.
Após a breve apresentação que fiz, de mim próprio, agora volto para iniciar, de fato, o nosso contato através deste espaço-blog para lhes dizer que a vida é comunicação, e que sem esta não
há a afirmação da nossa existência. Há comunicação entre duas pessoas, em particular,cujo contato se faz por sinais emitidos por uma e recebidos pela outra. Esta "energia" que move o mundo torna a vida possível e aceitável: seja ela manifesta na forma de amor, amizade ou nas múltiplas formas do relacionamento humano. Por que não admitir que a vontade inconsciente, por exemplo, de escrever este artigo não passa de um desejo forte de comunicação?
É, de fato, o que agora estou fazendo: realizando a minha fantasia de falar com você, eu aqui sem rosto para você e você, aí, sem rosto também para mim. Fico meio desajeitado, assim no início, mas sinto-me aliviado em "desabafar" as coisas que me proponho a dizer.
Ora, há muitas formas de se falar ou comunicar. Em algum momento da vida eu fui levado a crer que era "poeta". Passei, então, a expressar-me em linguagem poética. Costuro, portanto, as minhas ideias fazendo delas, muitas vezes, poemas; passei a expressar-me desta forma e acho que estou criando poesia. Se eu sou um poeta de verdade, não sei. Talvez você possa julgar-me melhor do que eu próprio, após a poesia que apresentarei a você, para encerrar este nosso primeiro e breve contato. Se o meu poema não lhe fez vibrar é porque não houve "comunicação poética" ou então o "poeta" está ausente.
Não importa, eis a poesia:
DENTRO DA NOITE

Dentro da noite
as estrelas brilham em meio à escuridão.

Um eco de trristeza
traz ao mundo onírico lembranças vivas
dos tempos históricos de nossos ancestrais.

Dentro da noite
há mistérios bisonhos
de pássaros imaginários que nos sobrevoam
com seu canto de horror a invadir a alma.

Dentro da noite
em resposta, vem uma paz que nos acalma
e nos anima a esperar o sol do amanhecer...

Dentro da noite
brilha o silêncio romântico dos amantes,
a consciência tranquila dos honestos;
a resignação consentida dos sofredores
e a desesperança definida dos culpados.

Dentro da noite
há um não-sei-que que aniquila
e nos faz renascer a cada alvorada
para nos permitir a caminhada rumo à vida. (Hozanan R. Parente)

domingo, 6 de setembro de 2009

CHUVA DE LETRAS

Olá, amigos. Acabo de entrar na internet com meu Blog. o meu nome é Hozanan. Não sou nenhum jóvem sonhador, mas pelo contário, um adulto já amarelado pelo tempo que teima em unir-se às idéias jovens; tanto que embarca nas coisas da internet, porque deseja estar sintonizado com os dias atuais.
De que vou falar neste espaço que me foi ofertado gentilmente pelo milagre da informática, neste momento histórico em que o mundo se moderniza e se consolida com a tecnologia, com ecologia, com a democracia e com o"corretamente político"? Bem, de algumas coisas eu não irei falar, exceto se houver estrita necessidade para o esclarecimento de alguma idéia, como esporte, por exemplo. Algumas coisas que respeito, mas não entendo.
Tenterei falar um pouco sobre artes, mais diretamente sobre Literatura,dentro das limitações dos meus conhecimentos pessoais. Não esperem de mim nenhuma grandiosidade. Sou apenas um espectador da vida e do mundo que deseja compartilhar experiências vividas, com a juventude até porque habituei-me à convivência dos jóvens, como professor, e sempre tive o privilégio de merecer a atenção deles na Escola e nos locais de convivência.
Como sempre que iniciamos uma nova caminhada o fazemos de um ponto zero, eu estou, aqui, nas minhas primeiras passadas rumo a um ponto desconhecido, neste caminho que escolhi, por pura distração e obra do acaso. Espero contar com a aceitação daqueles que vivem o mundo da internet e estão abertos a novas idéias e a novos "intrusos". O meu compromisso, aqui, é simplesmente brincar e procurar ser útil.´ É claro que aceitarei e até esperarei de bom grado as críticas que retornarem sobre o que pretendo escrever.
O meu abraço a você, leitor. Até o próximo.
Hozanan Parente