domingo, 9 de março de 2014
VOCÊ LÊ AS NOTÍCIAS POLICIAIS ?
Há muita gente que liga a televisão e fica assistindo sistematicamente as notícias policiais. Há alguns jornais de papel que exibem com ênfase as informações contendo tais ocorrências. Estes jornais tinham (e com certeza continuam tendo ) a sua clientela fixa; assim como os aficionados pelo "caderno esportivo" há aqueles das "crônicas policiais". A pergunta que nos fazemos é: o que, finalmente, os prende a tais tipos
de notícias, com suas imagens chocantes? - o que finalmente vêm nelas e o que descobrem?
- Analisando, com o meu modo de ver particular, eu concluiria: Esses leitores ou telespectadores ficam fascinados pelo realismo (como no chamado "reality show") - das cenas, dos fatos, da bravura policial e da dinâmica da cidade, que mostra a vida na sua mais pura essência. Destacam o outro lado da "moeda"ao passo que desmascaram os atores reais ou desnudando-os por completo...
- É o "mal" emergindo do "bem". Também eu me arriscaria a conceituar: é a "civilização" passada a limpo. Quantas vezes você conheceu alguém com atitudes corretas, com o comportamento impecável e de repente ele se mostra outra pessoa, com atitudes que contradizem tudo. Faz-me lembrar algo que já li sobre a teoria de Lombroso, que é mais ou meno assim: "... Em princípio todo indivíduo é um criminoso em potencial..." Quando não o é na prática é por causa da educação recebida. Daí a explicação conclusiva: a ação da "educação" só disfarça o verdadeiro sujeito, ou seja: se ele conviveu num ambiente saudável ele é bom; do contrário, ele já revela o que de fato é, com toda a franqueza a que tem direito.
No dia-a-dia da nossa vida, nos momentos em que somos pressionados, como no trânsito, é muito difícil segurar o mau humor que leva a cometer-se atos imperdoáveis, como os que a própria mídia costuma mostrar. Há também os que adotam o vandalismo puro, que cometem atos que eles próprios não têm explicação do porquê foram levados cometê-los.
E assim acontece no mundo "misterioso" do ser humano, cuja personalidade real não será fácil prever-se.
Eu, particularmente, algumas vezes dedico tempo vendo na televisão o desenrolar dos fatos e das cenas policiais correspondentes. Já tentei me analisar do porquê disto. Acho que estou tentando buscar respostas sobre o comportamento das pessoas e das circunstâncias em que ocorreram tais fatos.
A propósito, tenho um compromisso pessoal, em relação às minhas modestas opiniões expostas neste blog, de não entrar no mérito do assunto "política" (como em alguns outros), mas não poderia deixar de emitir algo que é preocupação, neste momento: é sobre o crescimento rápido da violência no nosso país, do envolvimento crescente de "menores" no crime, da insensibilidade dos poderes como governo, congresso e justiça. A eles cabe criar as leis e os recursos que venham coibir esta onda perigosa da delinquência que nos preocupa neste momento.
Para encerrar, eu lembraria aqui também o nosso grau de responsabilidade político, como eleitores que somos, com a renovação do poder entre homens públicos poderosos que serão responsáveis ou que regerão a nossa vida e o nosso destino, no período que se seguirá. Observe, eu não estou falando de política propriamente dita; só estou falando do "politicamente correto".
obrigado, um abraço a você que se deu ao trabalho de ler este texto e que certamente irá refletir sobre o que tentei dizer.
Hozanan R. Parente
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
CONVERSANDO COM O LEITOR
Eu gostaria de deixar claro que a comunicação, aqui, entre nós - eu que escrevo e você que me lê - é como de fato devia ser: um contato lógico, como toda comunicação no Universo, formada entre dois pontos : um "emissor", o outro "receptor".
- Mas onde eu quero chegar, com isso ? - Comecei o blog em 2007, fiz algumas interrupções (já comentadas, antes) e voltei a fazer as postagens em 2013. Sei que não tenho muitos leitores; talvez a divulgação do blog seja pequena, talvez os meus conteúdos não sejam do total agrado de todos, mas há quem esteja acompanhando, com certeza. Sei, outrossim, que as pessoas que se propõem a lê-los têm
opinião formada a respeito. Porém eu ficaria feliz em saber suas opiniões sinceras, até para poder rever, melhorar, agradar mais com meus temas. Peço, encarecidamente a todos, que façam comentários, critiquem ou até elogiem, no que couber. Sei que não convenço a todos, mas quero ter a certeza de agradar a alguém. Eu ficaria muito grato, por tanto, se me retornassem.
Aproveito a oportunidade para informar que, no momento, estou concluindo um livro, que brevemente estarei mostrando às editoras. O título (talvez definitivo) será : "Contos & Crônicas de Um Brasil Feliz". São pequenas historias, em linguagem simples, cujo conteúdo é um misto entre realidade e ficção: fatos vividos na experiência pessoal ou testemunhal e outros, criados na imaginação.
Estarei relatando a evolução do projeto, à medida que ele vá se concretizando.
Deste mesmo livro, estou-lhes mostrando, antecipadamente, uma das histórias, a titulo de demonstração:
A LUA POR PRESENTE
- Juarez, você me faria um pequeno obséquio ?
- Claro, Letícia ! - Mesmo que quisesse a Lua eu a traria para você.
Juarez tinha por Letícia um desses grandes amores - grandes e não correspondidos - que ele, em seu íntimo, alimentava. Letícia o estimava, mas como a um bom amigo, ao passo que ele vivia a adivinhar os pensamentos dela.
Àquele dia Letícia havia esquecido seus documentos na loja onde fizera compras e recebera um telefonema do gerente para retirá-los.
Não querendo dar uma viagem só para isso, resolveu solicitar a ajuda do bom amigo.
- Mas como, então me traria a Lua ? - disse rindo. Mesmo se isso fosse possível eu não aceitaria ; tal gesto poderia me fazer sua escrava.
- Ora Letícia, para o amor nada é impossível. Você acha que estou apenas brincando...?
Juarez, com seus olhos sonhadores, afastou-se dali e foi buscar os documentos pedidos pela amiga e ao mesmo tempo objeto do seu mais caloroso desejo.
O final do dia chegou rápido. A noite era linda, uma dessas noites de verão de céu cristalino, sem nuvens. A cabeça de Juarez era só sonhos. O adulto não dispensara o adolescente de alma de poeta que lhe habitava o ser...
Há, mas os deuses protegem os seus eleitos, e Juarez era um eleito dos deuses !
À noite, ao retornar àquela casa, Juarez não trouxe só os documentos, objeto da sua missão principal. Trouxe também a Lua para ofertar ao seu amor. Trouxe-a numa bandeja de prata !
Lá estava ela, brilhante, redonda, ao fundo da bandeja, secundada por mais um punhado de estrelas cintilantes...
Letícia, agora tocada por uma tal sensação de felicidade, vacilava entre sonâmbula e acordada: "meu Deus, devo ter dormido... mas
foi tão claro o sonho !" - "ou não foi sonho !?"
Letícia estava feliz. Havia sido tocada pelo milagre do amor. Se estava feliz, pouco lhe importaria se o fato fora sonho ou se, absurdamente, realidade.
(Hozanan R. Parente)
Até breve, amigos.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
À PROCURA DE UMA IDEIA
No meu propósito de escrever algo para o "blog" (afinal, comprometi-me a manter a sua continuidade, o que desejo fazer dando o melhor de mim), quando vi e ouvi na televisão um documentário contendo a história geológica e a formação da estrutura física do nosso planeta, a terra. Entre os detalhes que pude assimilar sobre a teoria em questão, muito bem exposta por um professor formado em geologia, estavam as famosas "placas tectônicas" responsáveis pela formação de relevos, de montanhas elevadas, dos desequilíbrios que provocam acomodações no interior da terra e sob a superfície dos mares, que entre outras consequências para a história e formação do planeta, estão a quebra e divisões que resultaram na separação dos continentes e a existência dos tremores e dos vulcões, cujos efeitos são bastante conhecidos.
O fato que me despertou grande curiosidade foi quando ele explicou a forma como é idealizada a marcação do tempo, com base na análise experimental de alguns tipos de rochas, que fornecem datas e a quantidade do tempo de vida da terra. Ora, por tais experimentos a idade da terra, pasmem, é de "cinco bilhões de anos". Agora eu me ponho a refletir: para tamanha grandeza de tempo comparativo, o que vem a significar uma vida humana? - Em comparação com alguém que no máximo consegue viver por 100 anos, o que isto representa? - Quase nada... Aliás, não sei, não sabemos, se Deus projetou o homem para viver muito além desse período de anos de vida (que só conseguem mesmo alguns poucos privilegiados). Talvez Deus quis nos dizer que isto (o tempo de vida) é tempo suficiente para aprender algo da vida, se fizermos direitinho a lição de casa.Muitos não conseguem o fim da estrada, outros chegam lá mas não foram bastante aplicados nos "estudos"; outros há, ainda, que embora dedicados não conseguiram alcançar o fim da caminhada. Eu agora me detenho naqueles mais "negligentes" que brincaram muito, não fizeram as lições e nem se dispuseram a prosseguir na jornada. Você, leitor, então me dirá: "Ora, Deus não lhes permitiu (posto que "estrada", aqui, vale 100 anos). E eu talvez lhe responda: Deus deve ter tido suas razões para tomar tais decisões. Com este tempo limitado de vida Ele, talvez quis dar uma chance a maior número de pessoas, para, enfim, testá-los no seu "livre-arbítrio, com sua generosidade paternal. Devo acrescentar, aqui, que o que desejo menos é a ideia de me intrometer nos assuntos de Deus...
Outra coisa me faz pensar, é que fico muito triste diante da fatalidade que é a morte de um jovem ou de uma criança, que não tiveram a chance única, absoluta e incomparável de viver e "sonhar" a vida, mesmo esta vida, cheia de altos e baixos, às vezes dissabores, mas que todos almejamos e preservamos, como o nosso bem mais valioso.
Desejo, aqui, despedir-me com um grande abraço e o agradecimento a todos que me honram com a paciência de suas leituras. Até breve.
Hozanan.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
PARABÉNS, SÃO PAULO, 460
Quero eu também compartilhar com as homenagens que todos os meios de comunicação prestam a São Paulo,nesta data comemorativa de 25 de janeiro. Entre os inúmeros migrantes que adotaram esta terra tão cosmopolita para crescer e viver eu, também, me sinto agradecido de aqui ter sido bem-vindo. E como já conto com o maior número de anos de minha existência vividos aqui, considero-me "da terra", embora mantenha legítimas as minhas raízes, a minha memória e história pessoais, da minha origem. Acredito que todos os imigrantes advindos dos mais diversos recantos do planeta com suas particulares histórias, concordam comigo.
A São Paulo hospitaleira, com seus braços abertos, sempre a todos deu as "boas vindas". É verdade que todos contribuíram com suas culturas e com o seu trabalho; todos são (ou somos ) muito reconhecidos ao querido São Paulo, por ter proporcionado, a todos, uma segunda "pátria" para progredir e viver em paz.
Fazendo uma radiografia da cidade de São Paulo encontramos pontos e contrastes em que certamente o habitante, o "paulistano", mantém uma relação de amor e ódio pela urbe, que às vezes nos deixa em dúvida se vale a pena viver no ritmo requerido pelo cotidiano do seu povo: "São Paulo cobra-nos caro para viver aqui"; é uma expressão que sempre ouço. Mas há um reconhecimento generalizado, o de que a terra oferece uma boa qualidade de vida a quem oferece sua força de trabalho.
Falando por mim mesmo, declaro ter a consciência de uma profunda ligação com esta terra. Em dois curiosos sonhos (supertição à parte ) eu me vi numa época remota, da história da cidade, como visitante do lugar. No primeiro sonho, eu me vi no vale do Anhamgabaú a beira de um rio ( que de fato existe sob as construções da mesma região). À beira daquele rio havia uma imensa floresta, árvores altas e a sensação de que eu lá estava,na paisagem, que imagino existente em séculos passados. No outro, eu participava de uma noite paulistana, lá entre a Avenida Paulista e o início da Rua da Consolação. Minha atenção, no sonho, voltava-se para uns tipos diferente de bares, pessoas com roupas diferentes; as casas e os prédios de aparência antiga que contrastavam com algumas construções modernas em estilo de hoje.
Quero, em nome de minha família, amigos e muitos conterrâneos aqui radicados, desejar a São Paulo no orgulho dos seus 460 anos de existência, toda felicidade merecida e o progresso que se estende a todos nós que pisamos na sombra de sua bandeira imaculada.
São Paulo, 25 de janeiro de 2014.
Hozanan Rodrigues Parente.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
FALANDO DE SAUDADE
A saudade é um sentimento que nos comove e que nos faz voltar ao passado. Imagino que se não dispuséssemos da faculdade de captar, por nossa mente, as imagens dos fatos idos e vividos a nossa vida talvez não tivesse a menor graça; não disporíamos de tantos momentos lindos, bons e eternos, como os que registramos no nosso cérebro. Fatos antigos parece que aconteceram ontem, comportam-se como em um filme. É claro que os acontecimentos desagradáveis são bloqueados ou "editados" para que não nos torturem o espírito. Nos dizem os cientistas, estudiosos do cérebro, que as lembranças antigas são mais consistentes que as mais recentes. Não desejando, aqui, cogitar de nenhuma teoria sobre o tema em questão, concordo plenamente, até com base em minhas observações e experiências pessoais, que efetivamente as lembranças antigas representam imagens mais fortes e mais nítidas. Tenho nos meus arquivos memoriais fatos que confirmam o que estou afirmando, especialmente aqueles da época de criança.
Tais imagens são, para mim, verdadeiro tesouro porque me fazem voltar no tempo. Nos momentos difíceis da vida em que algo parece me tornar um pouco infeliz relembro fatos bons que veem de um tempo distante, trago lugares agradáveis, lembro de pessoas ou familiares queridos que já não se encontram entre nós e tudo faz melhorar o humor e recobrar a alegria. Na incrível sincronização corpo-alma eu volto a ser feliz, de uma felicidade possível para a paz que desejo, e que todos desejamos.
A riqueza do nosso cotidiano, feita de auto-estima e das lembranças coloridas do despertar da vida é algo que só pode ser compreendido se penetrarmos nas profundezas da palavra "saudade".
Li, num calendário antigo, de um poeta cujo nome não recordo, umas estrofes que falam de saudade de forma explícita e comovente:
SAUDADE!
Saudade!
Uma casinha pendurada ao morro
em uma sombra musical
de pássaros cantores
e uma viola soluçando no quintal!
Saudade!
Há quem me dera ter os meus tesouros,
uma velhinha de cabelos brancos
e uma menina de cabelos louros.
Àqueles que me encontram sempre nesta página, um forte e fraterno abraço.
Hozanan.
domingo, 12 de janeiro de 2014
ONDE ESTÁ A TAL FELICIDADE ?
A propósito, todo fim de ano e começo de ano usa-se de forma muito repetida a palavra "felicidade". Todos lembramos do termo como sendo ele o objetivo final de nossas vidas. Ora, cabe no momento uma oportuna reflexão sobre o seu conteúdo.
Mais uma vez, inicialmente, desejo a você um feliz ano de 2014. Que tudo de muito bom se realize para você e seus familiares.
Já pedi desculpas a todos, por que, por várias vezes abriram este blog e deram pela ausência de textos novos. Estas pequenas crônicas que me proponho trazer a este espaço gráfico serão sempre mais sentidas do que cronografadas. Devo explicar que fatos alheios a minha vontade impediram-me de ser mais regular neste compromisso. Tentarei fazer, com alma e coração, com mais regularidade, as considerações que faço aqui, para que minha presença "online" seja de fato real e bem vinda ao meu pequeno e seleto
grupo de leitores.
Ora, a palavra "felicidade" já foi posta na primeira linha grafada. É uma ideia que todos cobiçamos, desejamos e buscamos. Mas, o que ela significa e onde devemos procurá-la ? - Como se trata de uma ideia abstrata, não será muito fácil procurá-la.
Ataufo Alves, um compositor-sambista, carioca, que viveu no início do século passado, cantou em uma de suas obras, referindo-se a fatos corriqueiros de sua infância e cidade natal Miraí (RJ): "eu era feliz e não sabia..."
Parece-nos que a tal "felicidade" não é ter muito dinheiro, muita fama ou muito poder. É antes de tudo um estado da alma onde nos sentimos em plena harmonia conosco mesmos, e com a natureza. Eu imagino que nem precisamos atingir o "extase", esta exaltação do "eu" em que quase exorbitamos de nosso corpo físico e atingimos um mundo supra-natural, que foge ao estado humano, para atingirmos a felicidade. Não é fácil falar sobre tal conceito, mas imagino-o como algo superior ao nosso estado físico.
Tentarei, por outro tipo de linguagem, esboçar uma ideia que venha a falar, por outro caminho o que eu mesmo entendo por felicidade.
O QUE É FELICIDADE.
Felicidade!
É um menino alegre
livre pelas ruas a brincar
sem medos, sem contar as horas do retorno
ao aconchego sadio do lar.
Felicidade
é não ter preocupações ou compromissos inadiáveis,
só sorrisos
e nem ver o tempo passar.
Felicidade!
Quantas vezes a temos sem mesmo notar.
E ela está no nosso inconsciente
em meio à simplicidade em que vivemos
sem pagar
sem sentir as ameaças de ela fugir de repente
e nunca mais voltar.
(Hozanan)
Prezadosleitores deste blog, desejo, inicialmente, desculpar-me pela longa pausa nas edições postadas que significou uma indesejada
interrupção do nosso contato, da nossa comunicação. Não posso avaliar se há algum significado real do que aqui me ponho a escrever, mas tenho alguma consciência sobre o respeito que devo a você, amigo leitor, que de alguma forma tenta me prestigiar com sua atenção e respeito pelas idéias escrivinhadas neste espaço, que amorosamente dedico a quem num momento de solidão ou de maior interesse pelo que os outros pensem venham satisfazer a sua aguçada curiosidade. Sei que não foi esta a primeira interrupção,mas reafirmo que me esforçarei para que tal não venha mais acontecer.
Em seguida, e finalmente, quero desejar a todos os que me acompanham que tenham um feliz e proveitoso 2014. Que em seus lares brilhem a paz e a felicidade neste ano que iniciamos.
Agora, retomaremos o nosso blog. Até daqui a pouco.
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