sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
CONVERSANDO COM O LEITOR
Eu gostaria de deixar claro que a comunicação, aqui, entre nós - eu que escrevo e você que me lê - é como de fato devia ser: um contato lógico, como toda comunicação no Universo, formada entre dois pontos : um "emissor", o outro "receptor".
- Mas onde eu quero chegar, com isso ? - Comecei o blog em 2007, fiz algumas interrupções (já comentadas, antes) e voltei a fazer as postagens em 2013. Sei que não tenho muitos leitores; talvez a divulgação do blog seja pequena, talvez os meus conteúdos não sejam do total agrado de todos, mas há quem esteja acompanhando, com certeza. Sei, outrossim, que as pessoas que se propõem a lê-los têm
opinião formada a respeito. Porém eu ficaria feliz em saber suas opiniões sinceras, até para poder rever, melhorar, agradar mais com meus temas. Peço, encarecidamente a todos, que façam comentários, critiquem ou até elogiem, no que couber. Sei que não convenço a todos, mas quero ter a certeza de agradar a alguém. Eu ficaria muito grato, por tanto, se me retornassem.
Aproveito a oportunidade para informar que, no momento, estou concluindo um livro, que brevemente estarei mostrando às editoras. O título (talvez definitivo) será : "Contos & Crônicas de Um Brasil Feliz". São pequenas historias, em linguagem simples, cujo conteúdo é um misto entre realidade e ficção: fatos vividos na experiência pessoal ou testemunhal e outros, criados na imaginação.
Estarei relatando a evolução do projeto, à medida que ele vá se concretizando.
Deste mesmo livro, estou-lhes mostrando, antecipadamente, uma das histórias, a titulo de demonstração:
A LUA POR PRESENTE
- Juarez, você me faria um pequeno obséquio ?
- Claro, Letícia ! - Mesmo que quisesse a Lua eu a traria para você.
Juarez tinha por Letícia um desses grandes amores - grandes e não correspondidos - que ele, em seu íntimo, alimentava. Letícia o estimava, mas como a um bom amigo, ao passo que ele vivia a adivinhar os pensamentos dela.
Àquele dia Letícia havia esquecido seus documentos na loja onde fizera compras e recebera um telefonema do gerente para retirá-los.
Não querendo dar uma viagem só para isso, resolveu solicitar a ajuda do bom amigo.
- Mas como, então me traria a Lua ? - disse rindo. Mesmo se isso fosse possível eu não aceitaria ; tal gesto poderia me fazer sua escrava.
- Ora Letícia, para o amor nada é impossível. Você acha que estou apenas brincando...?
Juarez, com seus olhos sonhadores, afastou-se dali e foi buscar os documentos pedidos pela amiga e ao mesmo tempo objeto do seu mais caloroso desejo.
O final do dia chegou rápido. A noite era linda, uma dessas noites de verão de céu cristalino, sem nuvens. A cabeça de Juarez era só sonhos. O adulto não dispensara o adolescente de alma de poeta que lhe habitava o ser...
Há, mas os deuses protegem os seus eleitos, e Juarez era um eleito dos deuses !
À noite, ao retornar àquela casa, Juarez não trouxe só os documentos, objeto da sua missão principal. Trouxe também a Lua para ofertar ao seu amor. Trouxe-a numa bandeja de prata !
Lá estava ela, brilhante, redonda, ao fundo da bandeja, secundada por mais um punhado de estrelas cintilantes...
Letícia, agora tocada por uma tal sensação de felicidade, vacilava entre sonâmbula e acordada: "meu Deus, devo ter dormido... mas
foi tão claro o sonho !" - "ou não foi sonho !?"
Letícia estava feliz. Havia sido tocada pelo milagre do amor. Se estava feliz, pouco lhe importaria se o fato fora sonho ou se, absurdamente, realidade.
(Hozanan R. Parente)
Até breve, amigos.
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