sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
PARABÉNS, SÃO PAULO, 460
Quero eu também compartilhar com as homenagens que todos os meios de comunicação prestam a São Paulo,nesta data comemorativa de 25 de janeiro. Entre os inúmeros migrantes que adotaram esta terra tão cosmopolita para crescer e viver eu, também, me sinto agradecido de aqui ter sido bem-vindo. E como já conto com o maior número de anos de minha existência vividos aqui, considero-me "da terra", embora mantenha legítimas as minhas raízes, a minha memória e história pessoais, da minha origem. Acredito que todos os imigrantes advindos dos mais diversos recantos do planeta com suas particulares histórias, concordam comigo.
A São Paulo hospitaleira, com seus braços abertos, sempre a todos deu as "boas vindas". É verdade que todos contribuíram com suas culturas e com o seu trabalho; todos são (ou somos ) muito reconhecidos ao querido São Paulo, por ter proporcionado, a todos, uma segunda "pátria" para progredir e viver em paz.
Fazendo uma radiografia da cidade de São Paulo encontramos pontos e contrastes em que certamente o habitante, o "paulistano", mantém uma relação de amor e ódio pela urbe, que às vezes nos deixa em dúvida se vale a pena viver no ritmo requerido pelo cotidiano do seu povo: "São Paulo cobra-nos caro para viver aqui"; é uma expressão que sempre ouço. Mas há um reconhecimento generalizado, o de que a terra oferece uma boa qualidade de vida a quem oferece sua força de trabalho.
Falando por mim mesmo, declaro ter a consciência de uma profunda ligação com esta terra. Em dois curiosos sonhos (supertição à parte ) eu me vi numa época remota, da história da cidade, como visitante do lugar. No primeiro sonho, eu me vi no vale do Anhamgabaú a beira de um rio ( que de fato existe sob as construções da mesma região). À beira daquele rio havia uma imensa floresta, árvores altas e a sensação de que eu lá estava,na paisagem, que imagino existente em séculos passados. No outro, eu participava de uma noite paulistana, lá entre a Avenida Paulista e o início da Rua da Consolação. Minha atenção, no sonho, voltava-se para uns tipos diferente de bares, pessoas com roupas diferentes; as casas e os prédios de aparência antiga que contrastavam com algumas construções modernas em estilo de hoje.
Quero, em nome de minha família, amigos e muitos conterrâneos aqui radicados, desejar a São Paulo no orgulho dos seus 460 anos de existência, toda felicidade merecida e o progresso que se estende a todos nós que pisamos na sombra de sua bandeira imaculada.
São Paulo, 25 de janeiro de 2014.
Hozanan Rodrigues Parente.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
FALANDO DE SAUDADE
A saudade é um sentimento que nos comove e que nos faz voltar ao passado. Imagino que se não dispuséssemos da faculdade de captar, por nossa mente, as imagens dos fatos idos e vividos a nossa vida talvez não tivesse a menor graça; não disporíamos de tantos momentos lindos, bons e eternos, como os que registramos no nosso cérebro. Fatos antigos parece que aconteceram ontem, comportam-se como em um filme. É claro que os acontecimentos desagradáveis são bloqueados ou "editados" para que não nos torturem o espírito. Nos dizem os cientistas, estudiosos do cérebro, que as lembranças antigas são mais consistentes que as mais recentes. Não desejando, aqui, cogitar de nenhuma teoria sobre o tema em questão, concordo plenamente, até com base em minhas observações e experiências pessoais, que efetivamente as lembranças antigas representam imagens mais fortes e mais nítidas. Tenho nos meus arquivos memoriais fatos que confirmam o que estou afirmando, especialmente aqueles da época de criança.
Tais imagens são, para mim, verdadeiro tesouro porque me fazem voltar no tempo. Nos momentos difíceis da vida em que algo parece me tornar um pouco infeliz relembro fatos bons que veem de um tempo distante, trago lugares agradáveis, lembro de pessoas ou familiares queridos que já não se encontram entre nós e tudo faz melhorar o humor e recobrar a alegria. Na incrível sincronização corpo-alma eu volto a ser feliz, de uma felicidade possível para a paz que desejo, e que todos desejamos.
A riqueza do nosso cotidiano, feita de auto-estima e das lembranças coloridas do despertar da vida é algo que só pode ser compreendido se penetrarmos nas profundezas da palavra "saudade".
Li, num calendário antigo, de um poeta cujo nome não recordo, umas estrofes que falam de saudade de forma explícita e comovente:
SAUDADE!
Saudade!
Uma casinha pendurada ao morro
em uma sombra musical
de pássaros cantores
e uma viola soluçando no quintal!
Saudade!
Há quem me dera ter os meus tesouros,
uma velhinha de cabelos brancos
e uma menina de cabelos louros.
Àqueles que me encontram sempre nesta página, um forte e fraterno abraço.
Hozanan.
domingo, 12 de janeiro de 2014
ONDE ESTÁ A TAL FELICIDADE ?
A propósito, todo fim de ano e começo de ano usa-se de forma muito repetida a palavra "felicidade". Todos lembramos do termo como sendo ele o objetivo final de nossas vidas. Ora, cabe no momento uma oportuna reflexão sobre o seu conteúdo.
Mais uma vez, inicialmente, desejo a você um feliz ano de 2014. Que tudo de muito bom se realize para você e seus familiares.
Já pedi desculpas a todos, por que, por várias vezes abriram este blog e deram pela ausência de textos novos. Estas pequenas crônicas que me proponho trazer a este espaço gráfico serão sempre mais sentidas do que cronografadas. Devo explicar que fatos alheios a minha vontade impediram-me de ser mais regular neste compromisso. Tentarei fazer, com alma e coração, com mais regularidade, as considerações que faço aqui, para que minha presença "online" seja de fato real e bem vinda ao meu pequeno e seleto
grupo de leitores.
Ora, a palavra "felicidade" já foi posta na primeira linha grafada. É uma ideia que todos cobiçamos, desejamos e buscamos. Mas, o que ela significa e onde devemos procurá-la ? - Como se trata de uma ideia abstrata, não será muito fácil procurá-la.
Ataufo Alves, um compositor-sambista, carioca, que viveu no início do século passado, cantou em uma de suas obras, referindo-se a fatos corriqueiros de sua infância e cidade natal Miraí (RJ): "eu era feliz e não sabia..."
Parece-nos que a tal "felicidade" não é ter muito dinheiro, muita fama ou muito poder. É antes de tudo um estado da alma onde nos sentimos em plena harmonia conosco mesmos, e com a natureza. Eu imagino que nem precisamos atingir o "extase", esta exaltação do "eu" em que quase exorbitamos de nosso corpo físico e atingimos um mundo supra-natural, que foge ao estado humano, para atingirmos a felicidade. Não é fácil falar sobre tal conceito, mas imagino-o como algo superior ao nosso estado físico.
Tentarei, por outro tipo de linguagem, esboçar uma ideia que venha a falar, por outro caminho o que eu mesmo entendo por felicidade.
O QUE É FELICIDADE.
Felicidade!
É um menino alegre
livre pelas ruas a brincar
sem medos, sem contar as horas do retorno
ao aconchego sadio do lar.
Felicidade
é não ter preocupações ou compromissos inadiáveis,
só sorrisos
e nem ver o tempo passar.
Felicidade!
Quantas vezes a temos sem mesmo notar.
E ela está no nosso inconsciente
em meio à simplicidade em que vivemos
sem pagar
sem sentir as ameaças de ela fugir de repente
e nunca mais voltar.
(Hozanan)
Prezadosleitores deste blog, desejo, inicialmente, desculpar-me pela longa pausa nas edições postadas que significou uma indesejada
interrupção do nosso contato, da nossa comunicação. Não posso avaliar se há algum significado real do que aqui me ponho a escrever, mas tenho alguma consciência sobre o respeito que devo a você, amigo leitor, que de alguma forma tenta me prestigiar com sua atenção e respeito pelas idéias escrivinhadas neste espaço, que amorosamente dedico a quem num momento de solidão ou de maior interesse pelo que os outros pensem venham satisfazer a sua aguçada curiosidade. Sei que não foi esta a primeira interrupção,mas reafirmo que me esforçarei para que tal não venha mais acontecer.
Em seguida, e finalmente, quero desejar a todos os que me acompanham que tenham um feliz e proveitoso 2014. Que em seus lares brilhem a paz e a felicidade neste ano que iniciamos.
Agora, retomaremos o nosso blog. Até daqui a pouco.
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