quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PARABENS, QUERIDOS PROFESSORES!!!

Neste dia, evocado em 15 de outubro,será ou deveria ser um dia muito importante para os mestres-professores.Júbilo, orgulho, alegria e festa seriam componentes obrigatórios levados a esta empreendedora categoria de cidadãos que tão bem escolheram a profissão, representada por um ideal indiscutível. O professor traz em si aquela chama que se multiplica e se desdobra em garantia de possessão da cultura diversificada, de amor a causa social, de atitude paternal ou maternal e fraternal, de compromissos com a história pátria e a forte noção de cidadania. A missão, o trabalho do professor representa, sem exageros, uma tarefa divina: o seu grande objetivo é transformar almas em branco, onde nelas, feito papel, escreverão a vida e o destino de seres que regerão o progresso e o futuro de uma nação. Haja vista que nos países onde há uma mais clara consciência sobre tais responsabilidades os professores representam uma elite. A sociedade que os integra sabe respeitá-los.
Todo grande empreendimento, sejam eles no âmbito da tecnologia, da indústria ou do comércio, que fazem a grandeza do país em questão, tem sua base fincada no alicerce dos conhecimentos que foram plantados por professores. A Escola e o Professor entregarão os "rudimentos" ao futuro cidadão, treinando-o para o sentimento de justiça, para partilhar o mundo fraternalmente e torná-lo um partícipe do desenvolvimento do seu grupo e enfim, para o desfrutar honesto e consciente das alegrias da vida.
Infelizmente a nossa nação brasileira, com os seus símbolos maravilhosos, trazendo a ênfase da "Ordem e Progresso"
não acordou, ainda, do "sonho intenso" para a importância que representam os nossos professores. Guardamos as lembranças afetivas dos nossos queridos mestres, que nos pautaram e marcaram a nossa caminhada rumo à vida.Apenas com o nosso sentimento de gratidão reverenciamos os seus vultos gravados em nossas retinas; então bendizemos as coisas boas e úteis que eles carinhosamente nos intregaram, na sacrossanta Catedral da Escola.
Aos professores, aos queridos e laboriosos mestres, quer sejam das universidades, dos colégios, das escolinhas ou dos cursos profissionalizantes e em todos os níveis, recebam, nesta data, os nossos mais efusivos cumprimentos e o augúrio de que realizem o grande sonho do reconhecimento a que tem o sagrado direito.
Só para abrandar a realidade do que acima foi posto,deixamos aqui um pouco de descontração, de forma poética,junto com o nosso fraternal e carinhoso abraço.

NO DIA DO PROFESSOR


Professores
são adolescentes de cabelos brancos (muitas vezes)
que pela vida a fora vão sonhando azul.

Professoras,
são "mães" inconscientes
que no seu dia-a-dia levam à classe
o "leite" e o "pão" do saber
e, ainda, até embalando o sonho edipiano
do adolescente.

Professores e professoras
teimosamente seguem avante
sem ligar para o não reconhecimento
à bravura idealista e utópica
do seu trabalho...

Professor, professora
heróis anônimos,
o mundo muda em cores
e a vida se acomoda
mesmo com os novos sons
e as novas imagens deste mundo moderno.

Mas, dia virá em que os professores
desta terra
qual a fênix da lenda
renascerão das cinzas e crescerão
para a importância e o reconhecimento
que bem lhes cabem e merecem. (Hozanan Parente)

P.S. SOCIAL
Destaco, aqui, para um especial abraço aos professores:
Haidyl (sócia do dia-a-dia), Hadiê e Alberto (em Araraquara),Cida, Kedma e Ludimar (da Casa do Poeta - P.Grande),Ana Lúcia, Ulisses e Heidy (esta última, que agora junta-se ao grupo). E a você, Professor ou Professora; e a todos que acessam este blog
e que sempre carinhosamente me honram com a atenção de leitor.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

É POSSÍVEL SER SER FELIZ !

Numa madrugada insone eu, em frente da TV, meditava sobre o documentário em exibição que, esteticamente não era grande coisa, mas prendeu-me a atenção pela singularidade do seu conteúdo. Sugeriu-me tal apresentação a grande reflexão da atual sociedade sobre o que é importante na vida de cada um de nós, isto é, o que realmente dá sentido e confere a alegria da existência humana: Numa favela de grande porte, em morro conhecido do Rio de Janeiro, as pessoas mostrando características de gente do bem, tinham o seu dia-a-dia apresentado numa "crônica" de imagens onde o diretor flagrava os momentos da comunidade dando grande destaque à solidariedade entre os moradores, que se empenhavam, numa luta vida-ou-morte, na solução dos seus problemas comuns.Eram focalizados os momentos onde a construção da moradia requeria o trabalho e a dedicação de todos. Homens, mulheres e até crianças enfrentavam as dificuldades do erguer a parede, do concretar a laje e tudo enfim que se fazia necessário para produzir a humilde casa residencial. Mas sempre que mudava a cena, no quadro a seguir, via-se a alegria e felicidade estampadas em seus rostos; fosse na refeição em comum, no lazer posterior, enfim,na convivência alegre e descontraída dos seus partícipes, estavam visivelmente contentes.
Eu pensava, então, na vida difícil daquelas pessoas, na dureza de ter elas que trabalhar, de sol a sol, no emprego e num fim de semana que seria destinado a um merecido descanso, ao invés disso ir integrar um mutirão pesado, para realizar a difícil tarefa de concretizar o sonho de um deles.
Lá, em meio às risadas, na distribuição da comida, com suas cervejas e refrigerantes, lá estavam eles alegremente comemorando a sua boa ação, com a mais aparente fisionomia de felicidade. A felicidade ingênua e pura das pessoas despojadas, mostrando a limonada feita com o "limão" que a vida lhes deu. Eu, finalmente, pensava: "a felicidade é de fato a consciência do praticar o bem; não importam as coisas materiais do alto consumo para sermos felizes"... Há as poucas e pequenas dádivas da vida para proporcionar uma alegria interior. As carências da alma poderão ser satisfeitas de forma ponderada, se formos honestos, crédulos e receptivos. É claro que é muito bom ter dinheiro, resolve problemas; só que ele não garante a felicidade de ninguém.
Falando de morro ou favela, componente obrigatório da realidade urbana, não podemos esquecer o seu lado poético, cantado pelos nossos compositores-sambistas, e que hoje, lamentavelmente,recebe a participação indesejável e intolerável de elementos que nem são simplesmente "excluídos sociais" mas sim "excluídos da lei". Não devemos, de forma alguma, alimentar o preconceito sobre morro ou favela (onde moram muitas pessoas honestas, trabalhadoras). Na história das grandes cidades morros e favelas tem sua tradição contada e respeitada. O nosso grande Machado de Assis era originário do Morro do Livramento, no Rio de Janeiro. as pessoas eram pobres, em tais locais, porém dignas e respeitadas.
Do meu ponto de vista a poesia continua, de qualquer forma, inerente ao mundo do morro ou favela. Deixo-lhes, aqui, os meus versos, junto com o meu abraço:

A HORA DO CREPÚSCULO

Morre o bom dia de sol !
- este dia sou eu.

Perde-se a claridade no ocaso !
- este dia sou eu...

Além, vê-se a escuridão;
as estrelas já brilham.

O silêncio da noite
o mistério das horas
a tristeza do universo
espalhando incertezas
e uma dor cruel
imensa
resignada e amarga, dos seres vivos
que transcende a existência
e ao melhor dos sentidos que ela possa conferir
aos seres viventes
nesta hora do crepúsculo.

Este dia, também, sou eu. (Hozanan Parente)


P.S. - SOCIAL
Deixo, aqui, um especial abraço ao Felipe Mauriene, à Neuma e Francisco, em especial à Ana Lúcia (com parabéns pelo aniversário) e a você, amigo leitor que também me acessou.